Tudo começa com o cálculo estrutural
Os especialistas em construção de piscinas em cobertura explicam que, antes de tudo, é preciso fazer um estudo detalhado da estrutura do prédio, já que a instalação da piscina supõe um aumento de peso significativo sobre a laje do apartamento, pois o peso da água é invariável, sendo de uma tonelada por metro cúbico. Se pelo levantamento estrutural ficar demonstrado que a laje não suporta tanto peso, é preciso optar por materiais mais leves, como fibra ou alvenaria. É imprescindível fazer a manutenção e a conservação da piscina regularmente, prevenindo infiltrações no prédio e para os apartamentos vizinhos, isso manterá o sossego, a salubridade e a segurança estrutural, além dos bons costumes de convivência dentro do condomínio.
Qualidade da água nas piscinas
No Estado do Rio de Janeiro exige-se o cumprimento da Lei Nº 1899, de 29 de Novembro de 1991, a qual estabelece a obrigatoriedade das piscinas públicas coletivas, de hospedaria e residenciais coletivas, quanto à oferta de água de qualidade adequada para garantia da saúde da população usuária.
Fonte: ALERJ e BR PISCINAS
O local de instalação não depende apenas do desejo do cliente
A instalação deverá ser supervisionada por um engenheiro ou arquiteto e seguindo as normas da ABNT (NBR 10339:2018 – Piscina – Projeto, execução e manutenção e a NBR 10818:2016), pois estas regulamentam a construção e manutenção de piscinas, bem como a qualidade da água, garantindo a segurança e bem-estar aos usuários. É preciso considerar fatores como presença de vigas (aguentam mais pressão), lajes e orientação do edifício.
A face norte costuma ser a que recebe maior incidência solar durante o ano inteiro. É necessário portanto, para segurança de todos, que um engenheiro civil faça a análise do projeto estrutural do edifício e, caso este projeto não esteja mais disponível, deverá ser elaborado o cadastro da estrutura existente e respectivo memorial de cálculo. Só após este estudo, o engenheiro civil contratado emitirá um laudo e dará um parecer onde poderão existir 3 (três) conclusões:
1- Sobrecarga da referida piscina é admissível na estrutura existente.
2 – Sobrecarga da referida piscina é admissível na estrutura da piscina, após reforço estrutural.
3 – Sobrecarga da referida piscina não é admissível na estrutura existente.
Este laudo e parecer deve ser acompanhado da ART do engenheiro civil responsável pela elaboração. As custas deste laudo ocorrerão por conta do condômino, que pretende instalar a piscina. Não confundir responsável pela Instalação da Piscina e Laudo técnico de Instalação da Piscina, com o LAUDO DE ANÁLISE DA SOBRECARGA DA PISCINA NA ESTRUTURA. São documentos complementares, porém diferentes!
O aval do engenheiro civil sobre a estrutura, o qual condômino pretende instalar a piscina, este deverá ainda apresentar ao síndico um plano de reforma, conforme consta na norma ABNT NBR 16.280. Apenas após seguir este roteiro, e a aprovação do síndico, o condômino poderá iniciar a obra!
ATENÇÃO: Para análise dos laudos, ARTs e do plano de reforma apresentados pelo condômino, o síndico poderá contratar um engenheiro ou arquiteto de sua confiança para lhe prestar auxílio técnico. Vale lembrar que além da regulamentação da norma ABNT NBR 16.280, a execução de qualquer obra ou reforma sem o acompanhamento de um responsável técnico (arquiteto ou engenheiro) é ilegal pela Lei 5.194 de 24 de dezembro de 1966!
Ricardo Pizarro
Fonte: SINDICONET
Piscina de prédio: quando é possível colocá-la na cobertura?
Para colocar uma piscina na cobertura do prédio, toda estrutura deve estar dimensionada para suportar a carga. Reduzindo as metragens dos imóveis, mas aumentando os itens de lazer no empreendimento, cada vez mais as incorporadoras têm apostado na concepção de projetos com área para jogos, playground, quadras esportivas, área gourmet, brinquedoteca, lavanderia compartilhada e piscina na cobertura. Porém, para instalar um item como a piscina de prédio de forma segura, é preciso considerar fatores importantes sobre a estrutura do edifício.
Para colocar uma piscina de prédio na cobertura, toda estrutura deve estar dimensionada para suportar a carga. “Nos cálculos de dimensionamento da estrutura já são considerados os coeficientes de segurança de acordo com a NBR”, explica a professora Cynthia Barbieri Diezel Munhoz, do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia.
Em prédios onde não há suporte para tal carga, é preciso desconsiderar essa instalação. Quando se trata de piscinas em varandas, a premissa é a mesma – deve-se seguir o mesmo critério, onde é preciso realizar um dimensionamento da estrutura. O cálculo estrutural para verificar se a laje do imóvel aguenta a instalação dessa piscina deve considerar, por exemplo, a presença de vigas, que ajudarão a suportar a pressão do peso, e também a orientação do prédio, que demonstra para qual lado a face do empreendimento recebe maior incidência solar.
Piscina de prédio: considerações para instalação na cobertura
De acordo com o professor Eduardo Deghiara, engenheiro civil e professor da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, se a piscina foi prevista no projeto arquitetônico – antes da construção do edifício – é possível a sua implantação, pois o calculista irá levar em consideração no processo de cálculo, as cargas da piscina no dimensionamento do edifício.
“Se o edifício já estiver pronto e um morador resolver instalar uma piscina na cobertura, dependendo das suas dimensões, não será possível, a não ser que sejam realizados reforços estruturais nos pilares existentes e nas fundações. Esses reforços são tão caros que a implantação da piscina se torna praticamente inviável”, afirma o docente da Universidade Mackenzie. “Se a piscina que o morador deseja implantar for pequena (tipo um tanque), com volumes de aproximadamente até 2.000 litros, a implantação será fácil”, complementa.
Vale ressaltar que o estudo para implantação leva em conta a resistência do concreto e a quantidade de aço dentro dos pilares que irão resistir à carga da piscina.
Fonte: MAPA DA OBRA
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